Ativistas nacionais e internacionais de movimentos sociais vão estar
reunidos de 24 a 29 deste mês, no Rio Grande do Sul, durante o Fórum
Social Temático, um braço do Fórum Social Mundial, para discutir a crise
capitalista e as suas implicações com a justiça social e o meio
ambiente.
A reunião preparatória para a Conferência das Nações Unidas sobre
Sustentabilidade, a Rio+20, prevista para junho, no Rio de Janeiro, tem
como tema Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental. De acordo com o
representante do Grupo de Reflexão e Apoio ao Processo do Fórum Social
Mundial (Grap) Francisco Whitaker, o encontro vai avaliar questões que
serão levadas pelas organizações sociais para a reunião de chefes de
Estado em junho.
"As questões ambientais na Rio+20 não podem ser apenas maquiadas.
Nossa ideia é fazer com que elas não sejam avaliadas fora do seu
contexto social, ambiental e político. Não se trata de pintar tudo de
verde", explica Whitaker.
Para o ativista, é preciso questionar os paradigmas de
desenvolvimento e sugerir novos. "Na parte da energia, por exemplo, na
Europa um grande investimento em energia eólica fez com que famílias
consigam produzir sua própria energia e ainda transferir o que sobra
para usinas. No que diz respeito à produção, é possível consumir aquilo
que se produz, economizando no transporte e diminuindo, por exemplo, a
emissão de CO2", explica Whitaker.
O Fórum Social Temático conta com apoios do Conselho Internacional do
Fundo Social Mundial, dos governos brasileiro e gaúcho, da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), assembléia legislativa do Estado e
das prefeituras das quatro cidades anfitriãs: Porto Alegre, Canoas, São
Leopoldo e Novo Hamburgo.
A globalização, o consumo exacerbado, o desequilíbrio na distribuição
de riquezas e a falta de investimento do setor privado também serão
abordados no fórum, que contará com a presença de diversas
personalidades como a presidente da República, Dilma Rousseff. "É
preciso avaliar os custos de produção. Com o desenvolvimento econômico
cada vez maior acabamos buscando por formas de crescimento que agridem o
meio ambiente. O que importa é produzir cada vez mais sem preocupação
com a justiça ambiental. Os interesses não estão focados no ser humano,
mas no lucro", afirma Whitaker.
Para Whitaker, o processo de avanço vai além da conscientização da
população e envolve também uma mudança na política. "É preciso mudar a
maneira de ver a política no Brasil. Os candidatos são muito ruins,
precisamos selecioná-los melhor e ter esperança, porque sem ela nenhuma
alteração irá realmente acontecer."
Fonte: Jenifer Rosa - DiárioNet, via Terra
Temos como intuito postar notícias relevantes que foram divulgadas pela mídia e são de interesse do curso abordado neste blog. E por isso esta matéria foi retirada na íntegra da fonte acima citada, portanto, pertencem a ela todos os créditos autorais.
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